Friday, June 23, 2017

2013 - The Catholic University of America {Washington DC}

Fui agraciada com um ano de experiência no exterior pelo Ciência sem Fronteiras! O programa do governo proporcionou bolsas integrais de intercâmbio, com uma meta de 100 mil estudantes, visando promover a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, inovação e competitividade brasileira. 


Foi uma oportunidade única para aprender, identificar as qualidades do sistema americano e trazer de volta novos conhecimentos, para contribuir com o desenvolvimento da nossa Nação. Infelizmente, muitos jovens foram somente a passeio, mas posso dizer que aproveitei ao máximo meu tempo na The Catholic University of America (CUA), universidade onde cursei Engenharia Elétrica.

Fundada em 1887, a CUA é uma PUC, localizada na capital do país. O mascote da universidade é um cardeal, com apelido Cardinal. Os times atléticos vestem as cores do animal: vermelho e preto.
 Fiquei hospedada no próprio Campus, com quatro americanas de suitemates. O campus é um lugar lindo e abriga o maior templo católico estadunidense: a Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, dedicada à Virgem Maria. A basílica possui 70 capelas e uma decoração impressionante.

A cidade é simplesmente linda e muito tranquila para morar. Um dos eventos mais esperados do ano é o Festival Nacional de Cerejeiras (National Cherry Blossoms Festival), que acontece na primavera (entre março e abril) quando as flores da elegante árvore japonesa Sakura embelezam os parques de D.C.




A capital possui muitas opções culturais e, para quem gosta de museus, é um verdadeiro paraíso. Tem o Museu Aeroespacial Smithsonian, Museu de História Smithsonian, Museu de Arte Smithsonian, Jardim de Esculturas, Museu do Holocausto e por ai vai...


 Na Galeria Nacional de Arte, apreciei o quadro dotado de suavidade, inteligência e movimentos incríveis do célebre pintor impressionista Claude Monet (1840-1926).

Também, fui em shows maravilhosos! A começar pelo show da banda Boyce Avenue, que ficaram famosos, através do youtube, fazendo covers de diversas músicas em versão acústica! Quase peguei a palheta do Alejandro! 😓

Difícil descrever a emoção de ver Andrea Bocelli cantando ao vivo, com uma orquestra maravilhosa e participações especiais encantadoras! Na Ave Maria, não consegui segurar as lágrimas! Mas para que segurar? Minha alma estava agradecendo, através de lágrimas, pela sensibilidade e beleza que vibra na voz deste homem!

E teve o show da Diva, Maravilhosa: Beyoncé! A cidade de Baltimore parou totalmente e perdi uma hora de show por causa do trânsito engarrafado! Mas a Bey compensou a espera! A mulher é incrível, com um preparo impressionante! Canta afinadíssima, dança coreografias dificílimas e ainda faz carão! DivaH!
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Entrando na cultura americana, não podiamos perder os eventos de halloween. Entramos no espírito da festa com fantasias e muita animação! Curioso que as festas nos EUA começam bem cedo (21h) e terminam por volta da meia noite. Difícil ter um local que fique aberto até muito tarde. Bebidas alcoólicas no país, só depois da maioridade (21 anos). Os americanos realmente levam a sério a lei. Eu ganhava carimbadas em todas as festas, sinalizando que era menor de idade.



Fui em um Jogo de Hockey e me impressionei com a habilidade de patinação dos jogadores. Eles são muito rápidos mesmooo! É fantástico de assistir ao vivo! Tirando os momentos que o espírito de MMA toma conta da pista e eles começam a se socar no meio do jogo. Sim, é uma tradição que os jogadores se encham de porrada para intimidar o oponente. Para mim, não faz nenhum sentido porque o jogo já é incrível!

E falando em patinação, descobri outra paixão! Pelo menos uma vez na semana ia no rinque patinar! Até aprendi a patinar de costas! 

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Mas ao contrário da patinação, o final da história não foi tão bonito com o snowboard. Fomos em excursão ao Whitetail Resort em Mercersburg-PA. O local é lindo, friooo e com muita neve branquinha. Fiz o treinamento rápido para snowboard e desci a primeira montanha, quase morrendo, mas desci... E porque não tentar a segunda montanha? Só um pouquinho mais íngreme? 😂 O snowboard atingiu uma velocidadeeee... não consegui controlar e cai um tombo bonito de costas! Bati a cabeça. Fiquei tontinha. Nunca mais! 😂

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Minha universidade promovia vários concursos muito legais para os estudantes. Achei um que era a minha cara: Faça um vídeo sobre solidariedade e ganhe 1.000 dólares! Como estava fazendo trabalho voluntário na Beacon House, ajudando crianças com a lição após sua aula, e no asilo Little Sisters of the Poor, ajudando a servir jantar para os idosos, decidi participar e falar um pouco destes trabalhos que tinham parceria com a universidade. Fiz um vídeo chamado Solidarity: Where do I Start?, em que coloquei os três níveis de caridade de forma criativa: a doação material, a doação material de algo que precisamos e, por fim, a doação de nós mesmos, através do amor, do carinho e da paciência. Muito feliz, ganhei um checão lindí$$imo na cerimônia de premiação! 

Também tive a oportunidade de cantar na Casa do Embaixador do Brasil nos Estados Unidos no evento Passport D.C., onde todas as embaixadas são abertas ao público para visitação, com diversas apresentações culturais. Foi um grande prazer representar a música brasileira e conhecer um pouco mais sobre o trabalho do Ministério das Relações Exteriores.


 Estudar em uma universidade americana foi muito enriquecedor. Os professores americanos, diferentemente de muitos brasileiros, estão mais preocupados com o aprendizado que com dar notas baixas aos alunos. A carga horária de aulas é bem menor, mas com muito mais testes, o que te obriga a estudar em casa e estar sempre em dia com a matéria. Colar nas provas? Nem pensar! Os americanos são muito mais rígidos com relação a isso. Em compensação, os professores não pedem para decorar equações gigantescas. Geralmente, pode-se levar uma folha com as principais anotadas. 
 

O nível das matérias da graduação foi bem mais fácil do que no Brasil. As matérias do mestrado na engenharia da CUA são matérias que tive no 4˚e 5˚ semestres no Brasil. Também, o tempo de graduação é menor, são 4 anos de engenharia. Assim, não tive grandes dificuldades com as cadeiras e até me arrependi de não ter pego mais matérias do mestrado. Temos uma ideia errônea de que o brasileiro é fraco, mas os professores americanos elogiavam muito os alunos brasileiros. Precisamos quebrar essa baixa auto-estima geral do país. Nós, brasileiros, somos bons, sim! Temos um grande potencial, mas ainda não reconhecemos o nosso valor!


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